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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto e biografia: http://joaquimbranco.blogspot.com 

 

MARTINS MENDES

 

( Minas Gerais – Brasil )

 

Antônio Martins Mendes nasceu em 1903, na Fazenda da Pedra Redonda, em Araponga/Ubá MG. Transferiu-se cedo para Cataguases, onde foi estudante no antigo Ginásio de Cataguases e posteriormente professor. Foi advogado e promotor público. Começou seus estudos de Direito em Belo Horizonte, concluindo-o na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1929. Fez parte do grupo do Movimento Verde. Morreu em 1980, no Rio de Janeiro, para onde se transferira, alguns anos antes, com a família.

Obra: Treze poemas (1929).

 

a tropa

 

trotando a trotes largos

pela estrada poeirenta,

a tropa vem de longe,

vem do sertão.

 

Trauteando uma cantilena3 compassada

o tropeiro cansado, empoeirado,

vem seguindo atento, atento

a tropa que vem de longe.

 

Passou pela cidade a tropa

envolta numa nuvem de pó amarelo

– como a esconder-se de vergonha

por ser uma cousa velha,

muito antiga,

colonial...

 

Passou a tropa a passos lentos...

 

Perdidos no ar, dentro do meu coração,

lembrando o serão distante,

ficou o som forte e triste

da cantilena do tropeiro

– da tropa do sertão...

 

 

meia pataca

 

lá no fundo da cidade,

lá no fim da rua de casas velhas,

entre ingazeiros e canaviais,

rola um ralo rio de águas claras,

rola calmo, preguiçosamente,

que até parece que não rola...

 

No tempo de Guido Marlière,

o francês que plantou povoações

e morreu num deserto verde,

o rio deu ouro (diz a lenda).

Sua água lustral batizou a povoação:

- MEIA PATACA. 

 

WERNECK, Ronaldo.  Cataguases  século XX antes & depois .   São Paulo: Editora Tipografia Musical, 2021.  Ilus. p&b.   310 p.
ISSN  978-85-87867-09-8                 Ex. bibl. Antonio Miranda

 

Epigrama no. 1

 

Envolve-me na carícia de teu olhar

             — gaze de luz branda, morna e doce...
Deixa que eu aperte as tuas mãos frias,
finas e pequeninas,
onde o Destino pôs o meu destino...
Deixa que eu fique ao teu lado
envolto na gaze do teu olhar,
preso em tuas mãos frias,
esquecido da vida...
(preso ao teu lado
sou o mais feliz dos homens).

 

                “Treze Poemas” (Verde Editora, 1929)

             

 

*

 

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Página publicada em novembro de 2021


 

 

 
 
 
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